Abordagem metodológica à auditoria a sistemas de informação
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3.3. Avaliação e teste dos controlos gerais

Sob o ponto de vista dos Sistemas de Informação informatizados [USGAO 1999] "os controlos gerais são a estrutura, políticas e procedimentos que se aplicam à generalidade das operações informatizadas de uma entidade".

Ainda, e segundo a IGAE [IGAE 2000], os controlos gerais "restringem-se basicamente à estrutura organizativa e aos métodos e procedimentos estabelecidos para regular a relação" do SI informatizado com os restantes elementos ou "componentes" da entidade. Desta forma, os controlos gerais criam o ambiente no qual as aplicações informáticas trabalham e ajudam a assegurar que funcionam de forma apropriada.

Durante a auditoria, o auditor orienta o seu trabalho em torno dos controlos gerais que normalmente pertencem às instalações informáticas e aos sistemas que suportam um número de diferentes aplicações, tal como instalações de processamento de dados ou redes locais.

A eficácia dos controlos gerais é um factor importante na determinação da eficácia dos controlos das aplicações. Se os controlos gerais são fracos, eles diminuem severamente a fiabilidade dos controlos associados com as aplicações individuais, devido à sua permeabilidade a modificações ou simplesmente por ser possível contorná-los. Por esta razão, tal como foi afirmado antes, os controlos gerais são normalmente avaliados antes e em separado da avaliação dos controlos das aplicações.

Por exemplo, os campos de entrada de dados desenhados para evitar que os utilizadores insiram valores não razoáveis num sistema de processamento de pagamentos, podem ser um controlo razoável de uma aplicação. No entanto, este controlo não é fiável se os controlos gerais permitirem modificações não autorizadas do programa.

Se os controlos gerais não funcionarem de forma eficaz, os controlos ao nível das aplicações geralmente não são testados. Sem controlos gerais eficazes, os controlos das aplicações podem ser considerados ineficazes dado que permitem o seu contorno ou modificação.

Nestes casos o auditor deverá recolher mais elementos que sirvam de evidência e reavaliar a natureza e extensão dos riscos, dado que estes podem afectar significativamente os testes substantivos.

No entanto, os controlos das aplicações devem ser auditados, mesmo que os controlos gerais sejam fracos, quando:

Se no final desta fase se chegar à conclusão que os controlos gerais são adequados para as aplicações, o auditor prossegue para os testes aos controlos das aplicações que foram identificadas como críticas.

Esta abordagem metodológica à auditoria a Sistemas de Informação prevê a análise e avaliação de dez categorias de controlos gerais, a saber:

Para cada uma destas categorias são identificados vários elementos de controlo [9]. A cada um dos elementos de controlo estão associados objectivos, riscos, actividades, bem como procedimentos recomendados de auditoria (de carácter genérico) e "preocupações" de auditoria.


 
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