Processo de amostragem em auditorias financeiras

1. Introdução

Em auditorias que incidem sobre a gestão pública é cada vez mais comum a identificação de objectivos que se centram na avaliação da economia, eficiência e eficácia. No âmbito da amostragem as duas últimas assumem papéis distintos:

• Eficácia – identificação de todos os desvios – Como? Incrementar a amostra;
• Eficiência – identificação dos desvios com o mínimo esforço – Como? Reduzir a amostra.

É indispensável definir o desejado ponto de equilíbrio dado pelo esforço que estamos dispostos a incorrer para a obtenção das necessárias evidências.

A amostragem pode ser realizada por recurso a métodos estatísticos ou não estatísticos, sendo que a escolha baseia-se de forma considerável no julgamento do auditor. O âmbito deste trabalho incide sobre os primeiros, pelo que a determinação da dimensão da amostra, a selecção da amostra e a avaliação de resultados é baseada na teoria das probabilidades.

É da competência do auditor a definição do grau de evidência que pretende obter com a realização de testes substantivos e com base na sua experiência profissional e conhecimento decidir a necessidade de efectuar testes por amostragem e a importância, face ao sistema de controlo interno existente, que estes vão assumir na auditoria.