Processo de amostragem em auditorias financeiras
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3.1. Amostra de dimensão fixa

A amostra de dimensão fixa é utilizada para estimar uma taxa de ocorrência de uma qualidade específica na população.

Para determinar a dimensão da amostra é necessário definir:

Para facilitar a determinação da dimensão da amostra é preferível recorrer à utilização de tabelas.

Habitualmente as tabelas disponíveis baseiam-se na distribuição binomial, uma vez que, em cada elemento seleccionado o que se verifica é se o controlo é respeitado ou desrespeitado.

A distribuição binomial pressupõe que a amostra é retirada de populações infinitas sem reposição ou finitas com reposição. Perante populações finitas sem reposição deve ser utilizada a distribuição hipergeométrica. A utilização da tabela continua a ser válida, mas resulta em resultados mais conservadores.

Tabela 1 Determinação da Dimensão da Amostra, Nível de Confiança: 95%

Fonte: GUY, D. M., Audit Sampling: an introduction, 56

Para testar um determinado procedimento, com um nível de confiança de 95% de que o número de erros é inferior a 5% e estimando, segundo a experiência anterior, que os desvios na população serão de 1%, de acordo com a Tabela 1 é necessária uma amostra com a dimensão de 93 elementos.

Admitindo que foram encontrados 3 erros na amostra, e utilizando a Tabela 2, para uma amostra de 90 (a maior na tabela e inferior a 93) verifica-se que a percentagem de erros obtida é de 8,4%, ou seja, superior à taxa de erros tolerável (5%), assim sendo o auditor concluiria que este controlo não estaria a funcionar o suficiente para justificar o que foi planeado na definição do nível de controlo de risco.

Tabela 2 Limite Superior Obtido: Percentagem de Erros, Nível de Confiança: 95%

Fonte: GUY, D. M., Audit Sampling: an introduction, 58


 
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