Os novos desafios do controlo da administração das receitas tributárias no dealbar do sec. XXI
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3. Intervenção estratégica futura - Ideias-chave

3.1. Tal como referimos supra, o tipo de controlo da administração das receitas tributárias exercido pela IGF tem evidenciado, nos últimos anos, uma evolução em termos de incidência, objectivos, metodologias, técnicas, produtos e de meios utilizados.

Para que isto tivesse sido possível e para que se possa continuar a progredir para o futuro, respondendo aos novos desafios que a gestão pública, em geral, e a das receitas tributárias, em particular, vai colocando, foi e continuará a ser determinante a progressiva reorientação estratégica do tipo de intervenção seguida pela IGF, que, a nosso ver, se deverá traduzir nos seguintes três vectores fundamentais:

Por outro lado, a avaliação sistemática que tem vindo a ser feita aos resultados do controlo da administração das receitas tributárias, ao ambiente de controlo, aos meios, às metodologias e processos de planeamento de intervenção utilizados, bem como ao conhecimento progressivo dos actuais contextos de competitividade dos sistemas fiscais e dos modelos organizativos das administrações tributárias, dos fenómenos de risco de incumprimento tributário cada vez mais complexos e desmaterializados, a que se junta o fenómeno da globalização, sugere-nos uma reflexão sobre o caminho que para o futuro, que é já amanhã, permitirá, em nosso entender, melhorar e modernizar a intervenção da IGF neste domínio, tornando-a:

Para alcançar estes objectivos, será determinante ter presente, designadamente, os seguintes referenciais de intervenção e de contexto:

Concomitantemente, importará considerar os seguintes factores críticos de sucesso para o aperfeiçoamento sistemático da qualidade, relevância, suficiência e complementariedade do controlo a realizar:

3.2. Finalmente, parece-nos importante assegurar o perfil mais adequado dos auditores que exercem o controlo, constituindo este um dos mais importantes desafios a gerir pela IGF e por todas instituições de controlo em geral. Por outro lado, importará ter presente que o exercício do controlo se deverá pautar por normas e técnicas de auditoria em constante evolução, que deveremos procurar aplicar, recorrendo ao benchmarking e investigação contínuos.

Pois bem, sobre esta matéria, limitamo-nos a citar alguns dos aspectos-chave, recolhidos da Revista de Auditoria Interna do IPAI, n.º 18-Set.2004, que, a nosso ver, deverão ser sempre tidos em conta por todos os auditores e instituições de controlo, constituindo ao mesmo tempo um desafio ao seu profissionalismo e deontologia profissional:

A estes factores, permitimo-nos acrescentar também os valores sempre desafiantes assumidos pela IGF para o desempenho da sua missão, confluindo todos para um objectivo comum (em anagrama) - a EXIGÊNCIA: ESTRATÉGIA, EXCELÊNCIA, INOVAÇÃO, INTEGRIDADE, ANTECIPAÇÃO, TRANSPARÊNCIA, CREDIBILIDADE, IMPACTO, PESSOAS.


 
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