Processo de amostragem em auditorias financeiras
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4. Amostragem para variáveis

A amostragem para variáveis é utilizada quando se pretende avaliar as características quantitativas de uma população com determinado nível de confiança.

É normalmente utilizada em testes substantivos.

A título de exemplo, abaixo apresenta-se um procedimento utilizado pelo Tribunal de Contas Europeu:

Testes Substantivos

Fonte: GUY, D. M., Audit Sampling: an introduction, 70

Importa definir os seguintes conceitos:

O Risco em Auditoria

De acordo com SAS Nº 47 (AU 312), Audit Risk and Materiality in Conducting an Audit, o risco de auditoria é o risco em que auditor incorre ao emitir uma opinião favorável quando existem erros financeiros materiais.

O Risco de Auditoria (RA) emerge em primeiro lugar pela ocorrência de erros contabilísticos, transacções ilegais ou irregulares, ou casos de gestão financeira (Risco Inerente - RI) que não são evitados ou detectados e corrigidos pelos procedimentos de controlo interno (Risco de Controlo - RC) e que por fim não são detectados pelos procedimentos de testes substantivos do auditor (Risco de Detecção - RD).

À medida que aumenta o risco inerente ou de controlo, o auditor necessita de incrementar os testes substantivos de forma a reduzir o risco de detecção e dessa forma manter o risco de auditoria a um nível aceitável.

O risco de detecção pode ser decomposto em duas componentes:

O Modelo de Risco de Auditoria pode ser representado da seguinte forma:

, onde:

Tabela 6 Risco de Aceitação Incorrecta (TD), designado b

Tabela 7 Níveis de Confiança - TCE

Fonte: Tribunal de Contas Europeu, Audit Manual, Module B8, Annex 4

Como exemplo, a Tabela 7 apresenta os valores utilizados pelo Tribunal de Contas Europeu e o cálculo da dimensão da amostra pode ser feito segundo a fórmula:
, ou seja, para um nível de confiança de 95% e uma materialidade de 0,5% a dimensão da amostra é: .


 
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